terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Aquisições somam até R$ 5 bi em 2010 - Matéria do Valor Econômico

Aquisições somam até R$ 5 bi em 2010
21/12/2010 - Valor Econômico

As indústrias farmacêuticas tiveram um ano agitado em aquisições, movimentando cerca de R$ 5 bilhões em negócios somente este ano. A máquina de compras Hypermarcascomandou as principais operações do setor, seguida pela nacional Eurofarmae a americana Pfizer.
Nos últimos dois anos, o segmento farmacêutico nacional virou alvo de importantes negócios, atraindo várias multinacionais ao país interessadas em ingressar, sobretudo, no segmento de genéricos, por conta do potencial de crescimento desse mercado.
Somente a Hypermarcas investiu mais da metade desses R$ 5 bilhões em aquisições e se tornou a líder nacional em genéricos, após a compra da nacional Mantecorp, concluída no domingo, e a vice-liderança em dermocosméticos. A empresa desembolsou R$ 2,5 bilhões (R$ 600 milhões em dinheiro e R$ 1,9 bilhão em troca de ações). A família Mantegazza, que era controladora do laboratório, ficou com uma fatia de 5,6% no grupo. Em março, a Hypermarcas já tinha comprado, por R$ 52,161 milhões, a LuperIndústria Farmacêutica, fabricante dos medicamentos Gastrol e Virilon, entre outros. Em novembro, adquiriu três importantes marcas de medicamentos da farmacêutica Medley, controlada pela francesa Sanofi-Aventis.
"Vamos nos concentrar em 2011 na integração [dos ativos] e no crescimento orgânico", afirmou ao Valoro principal executivo da companhia, Cláudio Bergamo. A aquisição da Mantecorp faz com que o grupo avance no segmento de prescrição médica, onde a companhia ainda tem muito espaço para crescer. A Brainfarma, divisão de genéricos da Mantecorp, terá reforços. No fim de 2009, a Hypermarcas comprou a Neo Química, de Anápolis (GO), que estava sendo disputada pela americana Pfizer, dando passo gigante em genéricos. "Queremos avançar sobre as 50 moléculas [com patentes expiradas] e depois sobre as top 100."
Desbancada pela Hypermarcas nesse negócio, a farmacêutica americana partiu para cima da Teuto, instalada na mesma cidade goiana que a concorrente, e concluiu em outubro a compra de 40% da companhia por R$ 400 milhões, com opção de adquirir os 60% restantes a partir de 2014.
A farmacêutica nacional Eurofarma também esteve à frente de importantes negócios este ano. Em dezembro, comprou a Segmenta, de Ribeirão Preto (SP), marcando sua estreia em soro hospitalar. O valor do negócio foi avaliado em R$ 400 milhões (a empresa não confirma). Neste ano, a empresa também adquiriu o controle do laboratório Gautier, com sede em Montevidéu, no Uruguai. O apetite por aquisições continua firme.
Principal adversário da Hypermarcas para levar a Mantecorp, o laboratório nacional Achétambém não ficou parado. A empresa comprou 50% da Melcon, de Anápolis. Com essa operação, a companhia fez sua estreia no disputado mercado de hormônios, em crescimento dentro e fora do país.
O movimento de aquisições no setor farmacêutico não ficou restrito aos grandes laboratórios. Em abril, o grupo americano Valeantcomprou duas empresas de pequeno porte: a Delta e a Bunker, que, juntas, somaram aportes de R$ 200 milhões. Essas transações, segundo informou a empresa à época, ajudaram a companhia a reforçar sua posição em medicamentos genéricos.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Matéria do Fantástico sobre produtos naturais para emagrecimento

Prezados colegas mas cada vez mais fico espantado com o posicionamento da ANVISA sobre algumas questões. Pois bem, em relação ao Divine Shen, o produto tem registro na ANVISA, e como não fizeram uma análise cromatográfica do produto na fase de registro? E depois da fase de comercialização?? Onde está o nosso brilhante sistema de vigilância sanitária????? Depois vem os técnicos e a própria rede globo querer imputar para as farmácias a responsabilidade pelo produto conter sibutramina. Me poupem...Em relação ao Caralluma faz muito tempo que esse produto está circulando...só agora a ANVISA percebe que o produto não tem registro...Me poupem 2...

Programas de Adesão ao tratamento são debatidos em audiência pública

Programas de Adesão ao tratamento são debatidos em audiência pública
16/12/10 - Portal ANVISA


Os aspectos sanitários relativos aos chamados Programas de Adesão ao Tratamento, mantidos por empresas farmacêuticas, foram discutidos nesta quarta-feira (15/12), em audiência pública realizada pela Agência em Brasília (DF). Cerca de 150 pessoas, entre profissionais de saúde, representantes da indústria e da sociedade civil organizada, participaram do debate.
Os aspectos econômicos que cercam o tema também vêm sendo debatidos pela Câmara de Regulação do mercado de Medicamentos (CMED), ligada aos ministérios da Justiça, da Fazenda, da Saúde e à Casa Civil.
Participam da mesa de debate a diretora da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Vera Valente, o secretário geral do Conselho Federal de Medicina (CFM), Henrique Batista e Silva, e a diretora do Departamento de Proteção e Defesa Econômica (DPDC) da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, Ana Maria Mello Neto.
Durante a audiência os participantes apresentaram alguns relatos de experiências vivenciadas nesses programas. O farmacêutico José Antônio Zanati, do Conselho Regional de Farmácia do Paraná, relatou o caso de uma paciente que apesar de ter direito aos descontos, pelo fato de estar inserida em um desses programas, não consegue adquirir o medicamento para controle do colesterol em nenhuma farmácia de sua cidade.
“Nenhuma farmácia do município está credenciada nos programas da empresa que fabrica o medicamento. Assim, ou a paciente busca o medicamento na farmácia credenciada mais próxima, que fica a 150 km da cidade, ou paga os R$180,00 relativos ao preço normal, sem descontos”, conta Zanati. Para ele, as inúmeras condições impostas pelas indústrias para que uma farmácia seja credenciada nos programas, tolhem a liberdade de escolha do consumidor.
A chefe da Unidade de Monitoramento e Fiscalização de Propaganda da Anvisa, Ana Paula Dutra Massera, alertou para outro problema: “algumas vezes a prescrição médica para a aquisição do medicamento é solicitada apenas quando o paciente entra no programa”. Para o secretário geral do Conselho Federal de Medicina (CFM), Henrique Batista e Silva, “muitas vezes isso faz com que o paciente deixe de retornar ao médico que o acompanhava, comprometendo o tratamento”.
Todas as sugestões apresentadas durante o encontro serão analisadas pela Agência. “Estamos procurando ouvir todos os lados, para caminharmos para a regulação mais justa possível”, afirmou o chefe do Núcleo de Assessoramento Econômico em Regulação da Anvisa, Pedro Baptista Bernardo.

Entenda

Os Programas de Adesão ao Tratamento muitas vezes são associados à concessão de benefícios, como descontos, por exemplo, aos pacientes. Quando oferecidos por laboratórios farmacêuticos, esses programas acabam ocasionando a fidelização do paciente à determinada marca de medicamento – fator que suscita, entre os especialistas, questionamentos relativos aos aspectos éticos da medida.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Vagas de emprego em assuntos regulatórios

vagas em regulatórios

A Captativa é uma consultoria de Recursos Humanos que busca e seleciona profissionais para a área da saúde. Seguem algumas vagas em aberto. *Atenção para os requisitos, que são exigidos pelos nossos clientes*

Interessados, cadastrar o CV em nosso site ou enviar o currículo para: rh@captativa.com.br, colocar no assunto o título da vaga.

ANALISTA DE REGULATORY AFFAIRS
- Superior completo em farmácia;
- Inglês avançado;
- Experiência em documentação técnica e fabril, elaboração de justificativas e relatórios;
- Conhecimento em laboratório e técnicas analíticas;
Para Ind. Farm. Mult. em Taboão da Serra - SP, horário adm.
Vaga efetiva, terceirizada pela Captativa, salário de R$3.500,00 mais benefícios.

ANALISTA DE ASSUNTOS REGULATÓRIOS SÊNIOR
- Superior completo;
- Inglês avançado;
- Experiência em elaboração de registros e pós registros;
- Foco em apoiar a área de DNP (Desenvolvimento de Novos Produtos);
- Necessário ter uma bagagem técnica não só regulatória, mas também de Garantia e Controle.
Para Ind. Farm. em Itapevi - SP, horário adm.
Vaga efetiva, salário em torno de R$ 6.500,00 mais benefícios.

SUPERVISOR DE ASSUNTOS REGULATÓRIOS
- Superior completo em VETERINÁRIA;
- Inglês e Espanhol avançados;
- Experiência em coordenação de atividades regulatórias, reuniões de classe;
Para Ind. Farm. em Itapevi - SP, horário adm.
Vaga efetiva, salário em torno de R$ 8.000,00 mais benefícios.

Novas drogas levam Bayer a superar R$ 7 bi em pesquisas

Novas drogas levam Bayer a superar R$ 7 bi em pesquisa
15/12/2010 - Brasil Econômico


A Bayer realizou um investimento recorde de € 3,1 bilhões (R$ 7,09 bilhões ) em pesquisa em 2010, um aumento de 13% em relação ao ano anterior. E a tendência é manter esse ritmo. “Para o próximo ano, estamos planejando o mesmo nível de recursos”, afirmou o presidente do grupo, o holandês Marijn Dekkers, na apresentação das perspectivas da companhia para o futuro, em Leverkusen, na Alemanha, frisando que o investimento é o maior de uma empresa europeia. O grosso desses recursos será destinado à pesquisas de saúde (67%). “Esse setor está bem abastecido, com mais de 50 projetos em todas as fases clínicas”, disse Dekkers. A maior parte dos recursos vai para projetos na fase III do desenvolvimento clínico, ou seja, estudos comparativos em vários centros de pesquisa, entre eles o Departamento de Pesquisa Clínica da Bayer no Brasil. Entre os medicamentos mais promissores, está o rivaroxaban, ingrediente do anticoagulante Xarelto, já aprovado em mais de cem países para prevenção e tratamento de tromboembolismo (coágulo de sangue nas veias) e agora em estudo para redução de risco de derrame. “Esse medicamento tem um potencial de vendas anual de mais de € 2 bilhões”, acrescentou Wolfgang Plischke, diretor de Inovação, Tecnologia e Meio Ambiente. Outro medicamento promissor é o Riociquat, uma substância administrada por via oral, pesquisada como tratamento potencial para hipertensão arterial pulmonar. A Bayer tem também drogas em estudo para outras graves doenças cardiovasculares, tais como a anemia resultante de problemas renais crônicos e agravamento de insuficiência cardíaca com danos renais ou diabetes. E para o tra-tamento da degeneração macular, doença que causa perda da visão entre os mais velhos, e que deve ser submetida a registro já em 2011.

Obstáculos na Alemanha


Segundo Dekkers, a Bayer também deve investir pesados recursos em pesquisas na área agrícola (25% do total), uma tendência que já vinha se verificando. “Entre 2000 e 2009, essa Divisão da empresa lançou 23 novas substâncias ativas e pretende lançar outras seis até 2012, com potencial de vendas de mais de € 1 bilhão”, disse. O presidente da Bayer citou estudos comnovos fungicidas para cereais e canola, além de outras 70 culturas, e para o tratamento de sementes. Dekkers, que assumiu a presidência mundial da Bayer em outubro, fez críticas aos obstáculos que, segundo ele, a companhia encontra na Alemanha para o desenvolvimento de projetos industriais e inovações, referindo-se especificamente aos produtos transgênicos, como algodão, milho, soja e arroz. “A segurança desse processo está sendo comprovada ao longo de muitos anos de prática”, disse. “No entanto, essa é uma tecnologia que enfrenta grandes obstáculos regulatórios na Europa. As avaliações sobre essa questão deveriam se basear em fatos, não em receios. Infelizmente, vejo que em muitos países a população não é capaz de entender as relações científicas e tecnológicas.” A unidade brasileira da Bayer, a sétima em faturamento no ranking da companhia, deve concluir em 2011 um planejamento que direcionará os novos investimentos. Em janeiro, o brasileiro Theo van der Loo, que desde novembro era responsável pela diretoria de HealthCare, assume a presidência da empresa no país. No ano passado, a Bayer Brasil gerou uma receita de € 380 milhões, 3% a mais que no ano anterior.

Eurofarma e Cristália costuram acordo

Eurofarma e Cristália costuram acordo
15/12/2010 - Valor Econômico


As farmacêuticas nacionais Eurofarma e Cristália estão costurando um acordo para o desenvolvimento de medicamentos. O anúncio deverá ser feito nas próximas semanas.
Com tradição em inovação e pipeline (produtos em fase de desenvolvimento), a Cristália tem um portfólio com forte potencial de apelo no mercado, sobretudo na área de anestésicos, que interessa à Eurofarma.
Procurada, a Cristália informou que esse possível acordo ainda está em fase embrionária. Maria Del Pilar Munoz, diretora de sustentabilidade e novos negócios da Eurofarma, afirmou que "as companhias estudam um modelo de negociação sinérgico para as duas empresas". A executiva descartou fazer fusão entre os dois laboratórios ou adquirir uma participação na Cristália.
As duas farmacêuticas nacionais estão conversando há alguns meses sobre esse novo modelo de negócios. Com expertise em inovação, a Cristália está desenvolvendo novos medicamentos, com possibilidade de serem aprovados no mercado nacional. A Eurofarma, com maior escala em território nacional, tem condições de fazer a distribuição e promoção desses produtos no mercado interno.
Na semana passada, a Eurofarma anunciou a compra do laboratório Segmenta, com sede em Ribeirão Preto (SP). Essa transação foi a porta da entrada da a companhia no mercado de soro hospitalar, área onde o laboratório paulista ainda não tinha participação. A empresa já atua no segmento hospitalar, com fornecimento de medicamentos injetáveis. O valor do negócio não foi divulgado. Fontes do setor afirmam, contudo, que a compra saiu por volta de R$ 400 milhões. A executiva não confirmou esses valores, mas afirmou que foi a maior aquisição da história do grupo farmacêutico.
Com faturamento estimado entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,4 bilhão para 2010, ante R$ 1,2 bilhão em 2009, a Eurofarma também fechou este ano importante parceria com a Pfizer para produzir a versão genérica do medicamento Lipitor (usado no combate ao colesterol elevado). Esse remédio, o mais vendido no mundo, com receita anual em torno de US$ 13 bilhões, teve sua patente expirada no Brasil este ano. A companhia está de olho em aquisições dentro e fora do país.
Essa não é a primeira vez que a Cristália fecha um acordo nos mesmos moldes do costurado com a Eurofarma. Em novembro, a companhia firmou parceria com a farmacêutica suíça Actelion, na qual as duas empresas passam a desenvolver e promover no Brasil um medicamento pesquisado pelo laboratório nacional para o combate de hipertensão pulmonar. Essa doença, que provoca pressão nas artérias pulmonares, é considerada rara e fatal, na maioria dos casos. A base desse medicamento é o princípio ativo do Helleva, concorrente do Viagra (da americana Pfizer), para combater a disfunção erétil, e que foi desenvolvido pelo laboratório paulista.
Em recente entrevista ao Valor, a Cristália informou que não pretende vender o controle da empresa e que a companhia vai dar prioridade a parcerias para expandir seu portfólio de produtos no país.

CNI atuou para atrasar projeto que não reconhece patentes anti-Aids

CNI atuou para atrasar projeto que não reconhece patentes anti-Aids
16/12/2010 - Folha de S.Paulo


Lobby no Congresso foi incentivado por EUA, mostram telegramas

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) fez lobby na Câmara dos Deputados em favor de farmacêuticas multinacionais para retardar a tramitação do projeto de lei que deixa de reconhecer patentes de drogas anti-Aids no Brasil. A proposta tramita há sete anos.
A negociação foi incentivada pela Embaixada dos EUA no Brasil, em 2005.
"Incentivamos que as empresas farmacêuticas dos EUA trabalhem junto com a CNI para montar uma estratégia de melhor informar o Congresso brasileiro sobre as potenciais consequências negativas das licenças compulsórias", diz trecho de telegrama assinado pelo ex-embaixador John Danilovich.
O documento faz parte dos despachos obtidos pelo site WikiLeaks (www.wikileaks.ch). A Folha e outras seis publicações têm acesso antecipado aos papéis.
À época, era grande a tensão em torno da ameaça de quebra de patente de medicamentos anti-Aids. Em 2007, o governo Lula determinou o licenciamento compulsório do remédio Efavirenz, do laboratório americano Merck Sharp & Dome.
Danilovich relata que o Ministério da Saúde vinha fazendo lobby para aprovação do projeto e diz que, de acordo com o embaixador Clodoaldo Hugueney, o melhor seria que as empresas trabalhassem junto ao ministério para dissuadi-lo.
"Ele também salientou a importância de parar a legislação no âmbito do Congresso", diz outro trecho.
Já Otávio Brandelli, da Divisão de Propriedade Intelectual do Ministério das Relações Exteriores, sugeriu, ainda segundo Danilovich, que as farmacêuticas se aproximassem de Eduardo Campos, ex-ministro da Ciência e Tecnologia, outro possível aliado no governo Lula.

OUTRO CASO
A preocupação em proteger as patentes de medicamentos também aparece no relato sobre o caso do laboratório americano Gilead.
Em 2008, a empresa teve pedido de patente rejeitado para um droga anti-Aids (Tenofovir). A alegação do departamento de patentes do país foi falta de inovação tecnológica. Para o governo, isso abrirá caminho para a produção de genéricos do medicamento.
Em despacho de 2009, a Embaixada dos EUA reconhece que, em razão das eleições deste ano, os temas propriedade intelectual e proteção de patentes não teriam espaço para discussão.
"Dada a crença popular de que as patentes farmacêuticas beneficiam as empresas multinacionais em detrimento do público brasileiro, as reformas para fortalecer o sistema de patentes do Brasil não são votos vencedores e, portanto, não são suscetíveis de serem buscados ao longo dos próximos 12 meses", diz um despacho, da diplomata Lisa Kubiske.

Novartis Compra Alcon

A empresa farmacêutica suíça Novartis alcançou um acordo com acionistas minoritários da Alconpara completar a compra de US$ 51 bilhões da empresa de produtos oftalmológicos, o maior acerto desta natureza na história corporativa suíça. A Novartis disse que o custo de adquirir a fatia minoritária remanescente na Alcon de 23% é de US$ 12,9 bilhões, ou cerca de US$ 1 bilhão a mais do que tinha oferecido inicialmente.
Analistas do Zuercher Kantonalbank disseram que o acordo afasta incertezas que o mercado poderia ter com relação à Novartis e vai ajudar a companhia a aproveitar melhor o amplo portfólio da Alcon em medicamentos oftalmológicos, soluções de lentes de contato e produtos cirúrgicos oftalmológicos.
A Novartis vai pagar aos acionistas minoritários da Alcon o equivalente a US$ 168 por ação, um aumento de 9% em relação à primeira oferta, de US$ 154 o papel. Os acionistas minoritários da Alcon tinham rejeitado a proposta anterior da Novartis e ameaçavam com uma ação jurídica alegando que eles receberiam menos por ação do que o principal acionista da Alcon, a Nestlé.
A Novartis notou que a combinação da Alcon com sua divisão de cuidados oftalmológicos vai produzir economia de custo anual de US$ 300 milhões. "Com este passo, a Novartis assume o controle, tornando-se a líder global em cuidados com os olhos", sustentou o presidente da Novartis, Daniel Vasella, em nota. A nova divisão de cuidados oftalmológicos vai incorporar a CIBA Vision da Novartis.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Aprovado hoje o Projeto de Lei n. 7445/10, que altera a Lei n. 8080/90 para dispor sobre a assistência terapêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do SUS

Aprovado hoje o Projeto de Lei n. 7445/10, que altera a Lei n. 8080/90 para dispor sobre a assistência terapêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do SUS

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, aprovou hoje, dia 14 de dezembro de 2010, em caráter conclusivo, isto é, não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo, o Projeto de Lei n. 7445/10, do senador Flávio Arns que altera a Lei n. 8080/90 para dispor sobre a assistência terapêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do SUS


O Projeto de Lei teve origem no Senado Federal inicialmente como PL n. 219/07 do Senador Tião Viana e depois como PL n. 338/07 do Senador Flávio Arns. O texto aprovado no Senado e na Câmara Federal é resultado da discussão dos dois projetos citados.

O texto aprovado define que os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão estabelecer os medicamentos ou produtos necessários nas diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem como aqueles indicados em casos de perda de eficácia e de surgimento de intolerância ou reação adversa relevante, provocadas pelo medicamento, produto ou procedimento de primeira escolha.

A incorporação, a exclusão ou a alteração, pelo SUS, de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS.

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS levará em consideração, necessariamente:
I – as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança do medicamento, produto ou procedimento objeto do processo, acatadas pelo órgão competente para o registro ou a autorização de uso;
II – a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias já incorporadas, inclusive no que se refere aos atendimentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, quando cabível.

Conforme o texto aprovado são vedados, em todas as esferas de gestão do SUS:
I – o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
II – a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento e produto, nacional ou importado, sem registro na Anvisa.


Fonte: CONASS

Internet, a maior concorrente dos consultórios médicos.

Internet, maior concorrente dos consultórios médicos
14/12/2010 - Valor Econômico
A internet é um concorrente e tanto para os médicos e contribui para o uso maior e indiscriminado de medicamentos. "O Dr. Google é nosso maior competidor. Os pacientes chegam aos consultórios portando diagnósticos, submetem os médicos a uma inquisição e chegam até a mudar os sintomas para que fiquem semelhantes aos obtidos nos sistemas online", relata o toxicologista do Hospital da Clínicas Anthony Wong, para quem o uso maior de medicamentos tem correlação com fluxo também maior de informações. "Na internet existem trocas de experiências, relatos. Nos grandes jornais brasileiros, as sessões de saúde só têm crescido. Ocupavam uma página, agora têm duas ou três", informa.
Pesquisa Ibope realizada com cerca de 18 mil pessoas em regiões metropolitanas brasileiras, entre o ano passado e meados deste ano, confirma o interesse geral da população sobre produtos farmacêuticos. O maior apelo é nas classes D e E, com 40% dos entrevistados considerando "importante" conhecer "lançamentos", ante 34% em média do universo consultado.
No Brasil, 39% dos internautas usam a rede para procurar informações sobre o assunto. Esse percentual sobe a 60% quando se consideram os internautas com nível superior, relata o Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP, via web, sobre os hábitos dos pacientes na internet mostra que 83% buscam informações sobre saúde na rede; 85% dizem que voltam a fazer pesquisas online mesmo depois da consulta médica; e 50% dos médicos reagem mal se o paciente traz informações prévias.
Nos Estados Unidos, 60% dos adultos fazem busca sobre saúde na internet e afirmam que os resultados encontrados acabam exercendo influência sobre o tratamento da doença, mostra pesquisa realizada pela Pew Research Center's Internet e California Health Care Foundation. A pesquisa revela ainda que os americanos, mesmo conectados ao mundo online, continuam a recorrer às fontes tradicionais de informação. Quando precisam de informação ou assistência em saúde e assuntos médicos, 86% dos americanos consultam profissionais de saúde; 68% trocam ideias com um amigo ou membro da família; 57% utilizam a internet; e 54% recorrem a livros ou outras publicações impressas.
"O paciente tem o direto de se informar", reconhece o psicoterapeuta. "O paciente é dono do seu corpo. Mas daí a se automedicar há uma distância. O médico tem treinamento, tem experiência clínica. Isso é muito importante e deve ser valorizado. Por mais útil que sejam os diagnósticos por computador, é necessário que alguém interprete", diz.
Sérgio José Nicoletti, coordenador do Núcleo de Educação da Saúde da Universidade Federal de São Paulo, pondera que o consumo de medicamentos faz parte do ciclo econômico, mas é um consumo diferente. "Quando consumimos alimentos, roupas, automóveis, há busca pela satisfação. Esse consumo pode até gerar insatisfação, mas não nos deixa doentes. No consumo errôneo ou desinformado de remédios, além da perda pela não satisfação, há o risco de perda de saúde ou seu comprometimento."

Crescimento muda perfil do consumo de remédios - Matéria do valor econômico

Crescimento muda perfil do consumo de remédios
14/12/2010 - Valor Econômico

O ciclo econômico positivo da última década não mudou apenas a relação do Brasil com os seus parceiros comerciais e financeiros. Mudou também a relação do brasileiro com o seu corpo. A busca para alívio da dor deu lugar à preocupação com o bem-estar. O Brasil da inflação alta e das tentativas de estabilização monetária doía no bolso e nos ossos dos cidadãos. Hoje prevalece o interesse pela serenidade nas decisões e resistência às pressões decorrentes da competição profissional e também de fracassos. Analgésicos cederam lugar a anticoncepcionais, medicamentos contra distúrbios da tireoide e tranquilizantes.
Superadas as agruras da convivência com a hiperinflação, que consumiu a década de 80 e parte da década de 90, o brasileiro vibra com a expansão da atividade alçada a quase 8% neste ano.
Um mercado interno vigoroso embala esse crescimento com avanços históricos da renda e do emprego que propiciam maior acesso a bens de consumo e também à saúde e aos medicamentos. A velocidade da informação colabora com esse cenário e também acirra a disputa por mais eficiência pessoal e profissional. E desse receituário emergem as preferências de médicos e pacientes. Esses "consumidores privados" brasileiros puxaram as vendas de "remédio de marca" a quase 2 bilhões de unidades em 12 meses encerrados em julho de 2010 - num crescimento de 15% ante os 12 meses anteriores. Mais que o dobro do crescimento registrado pela IMS Health nos últimos anos. A IMS Health, empresa de pesquisa e consultoria para o mercado farmacêutico, atende também a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"A relação dos ciclos econômicos com o consumo de medicamentos ocorre porque o ambiente é de pressão. Exigência de elevada performance, o que leva a consumo de ansiolíticos, como o Rivotril, que ajudam a enfrentar pressões sociais maiores", afirma o pediatra e toxicologista do Hospital das Clínicas, Anthony Wong. O psicoterapeuta Antonio Carlos Amador Pereira lembra que o fracasso na busca pelo poder também mobiliza as pessoas em direção às farmácias. "Foco muito fechado em dinheiro ou em poder é desestabilizador. O poder traz isolamento. E consequências", avisa.
Analgésicos e anti-inflamatórios que respondiam por 50% dos dez medicamentos mais vendidos em 1998 caíram a 30% neste ano. Indicativo de maior preocupação das mulheres com as perspectivas profissionais, turbinadas pela ascensão a postos de chefia, a venda de anticoncepcionais e preparados para distúrbios da tireoide agora disputam posição com o tranquilizante Rivotril no ranking que revela prolongada fidelidade dos brasileiros aos "clássicos" Hipoglós, Buscopan e Neosaldina. O Puran T4, preparado para tireóide, ocupa a segunda posição entre os "remédios de marca" mais vendidos de 2009 para 2010. "O uso desses preparados, e o Puran T4 é apenas uma das apresentações que estão no mercado, está diretamente relacionado a uma maior incidência de hipotiroidismo desencadeado por situações de estresse, particularmente, emocional", comenta o endocrinologista Meyer Knobel, chefe da Unidade de Tireoide do Hospital das Clínicas e da Faculdade de Medicina da USP. Ele confirma que as doenças da tireoide prevalecem cerca de oito a dez vezes mais em mulheres que homens. "Não existe uma explicação bem estabelecida, mas parece estar relacionada à questão hormonal e genética", afirma.
"A participação reduzida de anti-inflamatórios na demanda dos brasileiros por medicamentos é uma ótima notícia", afirma o ortopedista e professor de Medicina Sérgio José Nicoletti, coordenador do Núcleo de Educação da Saúde da Universidade Federal de São Paulo. Consultor de empresas na área de absenteísmo não planejado de causas médicas (faltas não programadas ou planejadas), Nicoletti afirma que desde os anos 90 o Brasil vem gastando muito com o tratamento e com benefícios previdenciários concedidos a empregados afastados do trabalho em decorrência de diagnósticos de doenças inflamatórias, para as quais não há evidências cientificamente estabelecidas. "Provavelmente, esse tipo de situação contribuiu muito para que a prescrição e o uso de medicamentos anti-inflamatórios, vendidos sem receita médica, tenham mantido esse tipo de medicamento no topo da lista dos mais vendidos nas duas últimas décadas. Como anti-inflamatórios apresentam efeitos colaterais não desprezíveis, a queda de seu consumo é alvissareira e deve diminuir os custos, tanto públicos, quanto privados, decorrentes de tratamento de complicações gastrointestinais e cardiocirculatórias, comprovadamente associadas com esse tipo de remédio", comenta o ortopedista.
Wong está convencido de que existe, sim, relação entre os ciclos econômicos e o consumo de medicamentos, mas não vê relação direta entre esse consumo e aumento de renda. "Os medicamentos são relativamente baratos. Quando alguém sente necessidade, comprará o remédio independentemente do preço. Veja o Viagra. Cada comprimido custa de R$ 30 a R$ 40 e tem homem tomando adoidado. Quando as mulheres querem ficar bonitas também gastam muito dinheiro, pouco importando a crise", comenta o toxicologista para quem a relação direta aumento de renda e consumo de remédios pode ocorrer em países pobres como os africanos. "O Brasil nunca foi um país pobre e está, há 40 anos, entre os dez maiores produtores farmacêuticos do mundo. O Brasil tem também grande diversidade. Já chegamos a ter 9 mil produtos farmacêuticos no mercado."
Antônio Carlos Amador Pereira, também professor de Psicologia da PUC-SP, pondera que seja pelo crescimento econômico efetivo ou uma "bolha" em alguns setores, a necessidade de consumir medicamentos é tão grande quanto de outros bens. "O consumo de remédios indica que as pessoas estão se cuidando mais, tendo acesso a planos de saúde e tendo condições de pagar. Mas não podemos esquecer que existe a automedicação que pode ser um meio mais rápido para satisfazer a necessidade de consumo", comenta Pereira que alerta para mais um estímulo a essa modalidade de consumo: a crença de que medicamentos mais sofisticados serão necessariamente mais eficientes. "O ácido acetilsalicílico parece pouco, ainda que perfeito para algumas situações", diz.
Drogas lícitas ou ilícitas vão atrás de quem tem dinheiro e são associadas, com frequência, a estresse e a status. "É assim com a cocaína", afirma o psicoterapeuta Antonio Carlos Amador Pereira que alerta para o fato de que os pobres estressados vão atrás de bebida. "Ainda assim, com a ascensão social, há uma evolução da cerveja até o uísque. Até o momento em que isso já não é mais suficiente para lidar com ansiedade ou estresse. Esses são os principais fatores que levam ao consumo de medicamentos que foram banalizados. Alguns entram na moda e até caem de moda. É o caso do Lexotan. O Vicodin, por exemplo, é moda nos Estados Unidos. É símbolo de status que é avaliado exatamente pela capacidade de consumo."
Wong, do Hospital das Clínicas, explica que o Lexotan e o Rivotril fazem parte do mesmo grupo de benzodiazepínicos considerados bastante seguros. Ambos pertencem à mesma classe do Valium. "O Lexotan ou Bromazepan, que é seu genérico, ajudam a pessoa a dormir melhor. O Rivotril está um passo adiante. Ajuda a diminuir a ansiedade, a enfrentar pressões e a síndrome do pânico e tem excelente efeito para fobia social."
Esse toxicologista identifica a urgência das pessoas em buscar saídas para pressões e alerta para os padrões de comportamento praticamente impostos a quem deseja trilhar a escala social. "A Ritalina, um anfetamínico muito consumido, tem o efeito da cocaína, pois propicia condições para a escalada rumo ao sucesso. Profissionais bem sucedidos sabem conviver socialmente, dão risada, sabem falar. Para os tímidos, é ainda pior. Parece que socialmente não há lugar para os tímidos. Nos últimos três anos, o consumo da Ritalina cresceu cinco vezes. Hoje em dia, até professoras indicam Ritalina para crianças com déficit de atenção. Mas o que acontece com frequência são os irmãos mais velhos pegarem os comprimidos para fazer bonito na balada."

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Eurofarma negocia aquisição da Segmenta - Valor econômico 10/12/2010

A Eurofarma, uma das maiores farmacêuticas nacionais, está negociando a compra da Segmenta, laboratório especializado em soro hospitalar, com sede em Ribeirão Preto (SP). Os detalhes da transação estavam sendo alinhavados ontem e a expectativa é de que a aquisição seja anunciada ainda hoje. Com a conclusão desse negócio, a Eurofarma entra no mercado de soro hospitalar, área onde o laboratório nacional ainda não tem participação. A empresa já atua no segmento hospitalar, com fornecimento de medicamentos injetáveis.
O valor do negócio não foi divulgado. Fontes do setor afirmam, contudo, que a compra não deverá sair por menos de R$ 400 milhões. Procuradas, a Eurofarma não comenta o assunto e a Segmenta não retornou aos pedidos de entrevista.
Com faturamento em torno de R$ 1,2 bilhão em 2009, a expectativa é de que a Eurofarma encerre este ano com receita entre R$ 1,3 bilhão a R$ 1,4 bilhão.
A farmacêutica nacional tem traçado como estratégia aquisições dentro e fora do país para expandir seus negócios. Neste ano, a empresa fechou importante parceria com a Pfizer para produzir a versão genérico do medicamento Lipitor (combate colesterol elevado). Esse remédio, o mais vendido no mundo, com receita anual em torno de US$ 13 bilhões, teve sua patente expirada no Brasil este ano.
A compra da Segmenta, cujo faturamento é estimado em R$ 200 milhões para 2010, intensifica a atuação da Eurofarma na área de soro hospitalar. O laboratório de Ribeirão Preto, presidido por Omilton Visconde Jr., fazia parte dos ativos que ficou de fora da farmacêutica Biosintética, vendida em 2005 para o grupo Aché. Depois de uma forte reestruturação, a Segmenta decidiu fazer suas apostas em soro hospitalar, segmento em expansão no país e que movimenta cerca de R$ 1,2 bilhão por ano, e atua no setor de saneantes (assepsia hospitalar).
Em recente entrevista ao Valor, Visconde informou que a empresa pretendia fazer aquisições ainda este ano na área de saneantes para expandir sua atuação nas regiões Sul e Sudeste do país. Fontes do setor afirmaram, contudo, que a gorda proposta da Eurofarma para adquirir 100% do controle da empresa derrubou por terra as intenções de crescimento do laboratório do interior de São Paulo.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SIMPÓSIO: RDC 44/10 – IMPACTOS NA SAÚDE PÚBLICA E APLICABILIDADE - Presença CRF-SP/ANVISA/SICOFARMA/SINDUSFARMA/CREMESP/ANFARMAG

SIMPÓSIO:
RDC 44/10 – IMPACTOS NA SAÚDE PÚBLICA E APLICABILIDADE

Data: 11/12/2010 - Sábado
Local: Universidade São Judas Tadeu
Endereço: R. Taquari, 546, Auditório Térreo - Mooca - São Paulo (Como Chegar)
Informações e Inscrições – Departamento de Eventos: 11-3067-1462 / 1468

Programação Preliminar

8h00 – Credenciamento

8h15 – Abertura
                                                                                                            
8h30 – Painel: “RDC 44/10 - Impactos e Perspectivas.”
Convidados:
ж        Sr. Nelson Mussolini - Vice-Presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo - SINDUSFARMA
ж         Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de São Paulo - SINCOFARMA
ж        Presidente da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais – ANFARMAG
ж       Dr. Renato Azevedo Júnior - Presidente em Exercício do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – CREMESP
ж        Dra. Raquel Rizzi - Presidente Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo - CRF-SP

11h00 – Discussão

11h30 – Coffee Break

11h45 – Palestra: Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados e Antibióticos na Prática Diária
Ministrante
ж        Dr. Adriano Falvo

13h00 - Mesa Redonda: Ações dos Órgãos Regulamentadores/fiscalizadores
Convidados:
ж        Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
ж        Diretora do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo - CVS-SP
ж       Dra. Renata Mendes Ritti Dias - Responsável pela área de Medicamentos da Coordenação de Vigilância em Saúde do Município de São Paulo - Covisa

14h30 – Discussão

15h00 – Encerramento

Evento Gratuito – Solicitamos a doação de um pacote de fraldas geriátricas ou de uma lata de leite em pó.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Laboratórios vão à Justiça contra selo

Laboratórios vão à Justiça contra selo
25/11/2010 - Valor Econômico


As indústrias farmacêuticas vão entrar na Justiça nos próximos dias contra a decisão da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) que obriga o uso de um selo de segurança nas embalagens de medicamentos. "Nossos advogados estão definindo qual a melhor estratégia judicial. Pretendemos entrar com ação na primeira semana de dezembro", disse ao Valor Nelson Mussolini, vice-presidente executivo do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo).
A obrigatoriedade desse selo onera em R$ 400 milhões por ano o setor e o gasto vai para a conta do consumidor, de acordo com Mussolini. "A margem de descontos dos medicamentos nas redes de varejo será bem menor e o SUS [Sistema Único de Saúde] pagará mais caro", argumentou. A estimativa é de que os preços dos medicamentos subam entre 6% e 10%, em média.
Na segunda-feira, os advogados consultados pelas indústrias farmacêuticas darão o parecer do melhor caminho judicial a ser adotado pelo setor.
Os laboratórios instalados no país comercializam cerca de 4 bilhões de embalagens de remédios por ano. A Anvisa publicou, no início de novembro, a Instrução Normativa nº 11, que formaliza a adoção da etiqueta auto-adesiva de segurança nas caixinhas de remédio. Os laboratórios terão de fazer a implementação da nova exigência durante 2011, uma vez que a obrigatoriedade passa a valer a partir de 2012.
O selo de segurança será distribuído pela Casa da Moeda do Brasil, que tem um fornecedor exclusivo - a francesa Arjo Wiggins, companhia que possui uma fábrica de papel-moeda em Salto (SP). O objetivo da Anvisa é combater o contrabando e a falsificação de medicamentos no país. Esse selo funcionará nos mesmos moldes do usado em maços de cigarro.
As farmacêuticas argumentam que essa medida não coibe a pirataria e ainda deverá afetar o bolso do consumidor. "Essas discussões ocorrem desde 2006 e passamos os últimos meses apontando alternativas para reforçar a rastreabilidade", afirmou Mussolini. O SUS compra os medicamentos por cerca de R$ 0,30, em média, a embalagem. O custo de cada etiqueta está estimado em cerca de R$ 0,10, elevando em mais de 30% seus custos com as aquisições.
Uma das sugestões apresentadas pelo setor foi o uso do código de barras 2D (Datamatrix), impresso na embalagem, para fazer esse rastreamento. Mussolini disse que esse sistema tem a mesma eficiência do selo e tem um custo dez vezes menor que os R$ 400 milhões por ano que a Anvisa está impondo por meio do selo auto-adesivo. "Discutimos a eficiência desse sistema, que é usado em medicamentos no mercado internacional, no ano passado junto com a própria Anvisa."
Ao Valor, Pedro Ivo Sebba Ramalho, adjunto do diretor-presidente da Anvisa, disse que já esperava uma reação das indústrias. Ramalho rebateu o setor, informando que o selo auto-adesivo associa as duas tecnologias - autenticidade e rastreabilidade - e, por isso, é mais eficaz. "Nunca deixamos de ouvir as indústrias e fizemos várias consultas públicas."
Segundo Ramalho, a Anvisa discutiu em contrato com a Casa da Moeda os custos da implementação do selo - R$ 0,07 sem impostos, uma média de R$ 0,10, incluindo as taxas -, e o índice de reajuste de preços anual pelo IPCA. A garantia de fornecimento do produto também foi discutida, uma vez que as indústrias apontam esse fator como um risco.
A partir da data da publicação da IN, no dia 3 de novembro, as farmacêuticas têm dois meses para fazer seu cadastramento junto à Casa da Moeda, outros seis meses para etiquetar os medicamentos e mais seis meses para que os remédios estejam de acordo com as exigências da Anvisa. As penalidades vão desde advertência a multas, que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão por infração, além do fechamento do estabelecimento.
Dados da Anvisa mostram que as apreensões de medicamentos falsificados e contrabandeados subiram de 620 unidades em 2007 para 53.535 mil, no ano passado. Até setembro deste ano foram 53.575 mil unidades. Já as apreensões de remédios controlados subiram de 61.495 mil unidades em 2009 para 155.817 mil, de janeiro a setembro deste ano.

Laboratório suspende produção e venda de Reductil

Laboratório suspende produção e venda de Reductil
24/11/2010 - Folha de São Paulo


O emagrecedor, um dos mais populares do país, é à base de sibutramina, substância que foi proibida nos EUA e na Europa

O laboratório Abbott decidiu ontem suspender, voluntariamente, a produção e a venda do Reductil (monoidrato de sibutramina), uma das drogas mais vendidas do país para perder peso.
Outras empresas seguem usando a substância, liberada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)-apesar de já ter sido vetada nos EUA e na Europa.
Em março deste ano, a Anvisa restringiu as regras para a compra do medicamento, tornando-o uma droga anorexígena (que atua no sistema nervoso central).
Agora, é preciso usar a receita azul, numerada e emitida pela Vigilância Sanitária de cada região -antes, bastava a branca. O remédio passou a ter tarja preta. Por causa disso, as vendas caíram 60% no primeiro semestre.
Em nota, a farmacêutica Abbott disse ontem que a decisão de retirar o medicamento do mercado teve como base a revisão dos dados de um estudo (Scout) que acompanhou 10 mil pacientes, com 55 anos ou mais. O estudo mostrou que o remédio traz maior risco cardíaco a pessoas propensas.
Segundo a Abbott, a maioria dos pesquisados tinha histórico de doença cardiovascular e era inelegível a usar sibutramina de acordo com as indicações da bula.
A empresa diz que pacientes que queiram interromper o tratamento com Reductil podem fazê-lo a qualquer momento, mas recomenda que procurem seus médicos para discutir alternativas para a perda de peso.
A maioria dos endocrinologistas brasileiros é contra a retirada da substância do mercado, por julgá-la segura. É o caso da médica Rosana Radominski, presidente da Abeso (associação para estudo da obesidade),
"A sibutramina é uma medicação de custo acessível, segura quando bem indicada e eficaz na redução do peso, o que acarreta melhora significativa das complicações ligadas ao aumento de peso."
Para ela, foi um erro a generalização dos resultados clínicos de um único estudo "de desenho, no mínimo, equivocado". "Os achados do estudo não podem ser extrapolados para toda a população com excesso de peso."

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Curso de Capacitação em Logística Farmacêutica

Curso de Capacitação em Logística Farmacêutica
01/12(Quarta feira) em São Paulo - Vagas Limitadas !
Docentes: Saulo de Carvalho Júnior e Sonja Helena - Especialistas em Logística Farmacêutica e Autores do Livro Logística Farmacêutica comentada .
Inscrições : http://www.pfarma.com.br/curso-sp/
Conteúdo Programático :
- Introdução à Logística Farmacêutica
- Legislação Sanitária
- Qualificação Armazenagem e Distribuição
- Qualificação de Transporte
- Sistema de Rede de Frio
- Medidas de Combate à Falsificação , Desvio e Roubo de Carga de Medicamentos
- Debate Final
Investimento :
R$:300,00 Profissionais
R$: 240,00 - Associados Anfarlog, Anfarmag, UNIFAR e Estudantes.

Local: Espaço Maestro, Rua Maestro Cardin, 1170, Paraíso, São Paulo-SP
dia 01 de Dezembro das 8:00 às 18:00 hs
Inscrições e Informações : http://www.pfarma.com.br/curso-sp/

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Esclarecimento importante sobre RDC 44/10 - antibioticos

Ontem foi publicado o esclarecimento abaixo no site da Anvisa acerca da RDC 44/10 (antibióticos)


SNGPC: Esclarecimento sobre a retenção e escrituração em Farmácias e Drogarias públicas

16 de novembro de 2010

No intuito de esclarecer os procedimentos de controle de antimicrobianos nas farmácias e drogarias públicas estabelecidos pela RDC nº44/2010 esta Coordenação de Gerenciamento de Produtos Controlados – CSGPC informa:

Nas farmácias e drogarias públicas a retenção de receita deverá ocorrer a partir do dia 28//11/2010 e a escrituração a partir do dia 25/04/2011. A escrituração deverá ser realizada em Livro de Registro Específico para Medicamentos Antimicrobianos ou por meio de sistema informatizado previamente avaliado e aprovado pela Autoridade Sanitária competente

Esclarecemos que estão excluídas do controle (retenção e escrituração) previsto na RDC nº 44/2010 as farmácias hospitalares ou quaisquer outras unidades equivalentes de assistência médica, tais como postos de saúde, postos de medicamentos, etc.


Portanto, as farmácias hospitalares estão excluídas do controle (retenção e escrituração) previsto na RDC 44/10. Pelo que consta no esclarecimento, o controle também não se aplica a farmácias de postos de saúde.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Efeito de antibiótico dura 2 anos no corpo

Efeito de antibiótico dura 2 anos no corpo
08/11/2010 - Folha de S.Paulo


Estudo mostra que uso dessas drogas por 7 dias desequilibra flora intestinal por mais tempo do que se pensava
Remédio só deve ser usado em caso de não haver opção e quando os benefícios compensam o risco, dizem médicos

Tomar antibiótico por uma semana pode prejudicar as defesas do organismo por até dois anos, segundo estudo feito pelo Instituto Sueco para Controle de Doenças Infecciosas e publicado na revista "Microbiology".
Flora intestinal é o nome dado às bactérias que vivem na parede do intestino. Lá existem centenas de espécies de micro-organismos, protetores ou nocivos à saúde, que convivem em equilíbrio.
As bactérias "boas" têm funções metabólicas, como ajudar no funcionamento do intestino, na absorção de gordura e vitamina B12 e na produção de ácido fólico.
"A função mais importante é controlar bactérias desfavoráveis. Sem elas, nós viveríamos constantemente com infecções", diz Ricardo Barbuti, médico endocrinologista da Federação Brasileira de Gastroenterologia.
Segundo o especialista, há muito se sabe que os antibióticos têm efeito na flora intestinal. O que o estudo recém-publicado mostra é que essas alterações duram muito mais tempo do que se pensava.
"Além de causar um desequilíbrio passageiro, o remédio também seleciona bactérias resistentes. Agora sabemos que essa resistência pode durar mais tempo", explica André Zonetti de Arruda Leite, médico endocrinologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.

CONSEQUÊNCIAS
Diarreias, disfunção intestinal e inflamações (colites) são as consequências mais comuns do desequilíbrio da flora intestinal. Tanto faz se o uso do antibiótico é feito de forma correta ou incorreta -por mais ou menos tempo do que o necessário.
"O medicamento deve ser usado só quando o benefício compensa o risco e não há outra alternativa", diz Barbuti. Gripes, resfriados ou dores de cabeça não devem ser tratados com antibiótico.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Brasil avança na padronização de medicamentos biológicos e biossimilares

Brasil avança na padronização do remédio biológico
01/11/2010 - Valor Econômico


O Brasil está liderando as discussões para uniformizar as regras para os medicamentos biológios e biosimilares na América Latina. "Muitos países panamericanos não têm regulamentação sobre esses temas. O Brasil está mais adiantado e deverá seguir as diretrizes da Europa", afirmou Rafael Alfonso-Cristancho, do Programa de Pesquisa e Políticas Farmacêuticas da Universidade de Washington (UW), de Seattle.
Ao contrário dos remédios sintetizados quimicamente, os biológicos são obtidos a partir de substâncias vivas, como tecidos ou proteínas de origem animal, vegetal ou microorganismos. Suas estruturas são mais complexas, o que dificulta, por exemplo, cópias. Ou seja, não há possibilidade de genéricos biológicos, segundo Cristancho. Os chamados biosimilares equivalem aos genéricos, mas essas drogas não comprovam a bioequivalência com os originais, como ocorre com os genéricos, o que tem provocado muita polêmica no mercado.
A tendência é de que o Brasil siga a regulamentação europeia e exija a eficácia clínica para os similares, segundo o acadêmico.
A produção de medicamentos biológicos tem crescido no mercado internacional. Foram desenvolvidos até o momento 174 produtos biológicos no Europa e Estados Unidos, desde janeiro de 2005.
Os EUA também levaram a mesma discussão sobre a regulamentação para o Congresso, seguindo a linha europeia, mas ainda não houve aprovação, de acordo com Cristancho. "No Brasil, o assunto está em discussões avançadas no Ministério da Saúde."
Alguns países da América Latina, como El Salvador e Honduras, estão atrasados nesse quesito, uma vez que não há nenhuma diretriz a respeito. "É preciso que haja uma discussão mais ampla sobre isso", disse Cristancho
Nos EUA, por exemplo, há 10 anos havia apenas um medicamento biológico para artrite reumatoide. Hoje, são nove. "O futuro para esses medicamentos é promissor. As pesquisas estão crescendo, por isso é necessário uma regulamentação clara sobre o tema."
Segundo Cristancho, os países trabalham para melhorar o acesso aos produtos biológicos, o que poderá ter impacto positivo para seus custos. Nos EUA, a economia com genéricos nos últimos dez anos foi de US$ 734 bilhões, dos quais US$ 121 bilhões em 2009. Os custos de produção de um genérico oscilam entre US$ 500 mil e US$ 2 milhões, enquanto o de um produto biosimilar fica entre US$ 8 milhões a US$ 40 milhões.
O setor farmacêutico global tem crescido pouco no mercado internacional, sobretudo em países desenvolvidos. As vendas subiram entre 5% e 6% em 2008, com receita de US$ 735 bilhões, ante uma elevação de 6% a 7% no ano anterior. Nos EUA e Europa, a expansão no período foi de 4% a 5%, enquanto o Japão subiu de 1% a 2%. Os mercados emergentes, por sua vez, crescem a taxas superiores a 10%.
Os sete países considerados emergentes para o setor - China, Brasil, México, Coreia do Sul, Índia, Turquia e Rússia - apresentaram elevação entre 12% e 13%, com receita de US$ 85 bilhões a US$ 90 bilhões, como reflexo do maior acesso a medicamentos, sobretudo genéricos, e avanço das classes rurais.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

RDC Nº 44, DE 26 DE OUTUBRO DE 2010 - CONTROLE DE ANTIMICROBIANOS

RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 44, DE 26 DE OUTUBRO DE 2010.
Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de
substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob
prescrição médica, isoladas ou em associação e dá outras
providências.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovado pelo
Decreto n.º3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54
do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de
2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 25 de outubro de 2010,
e adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino sua publicação:
Art. 1º Esta resolução estabelece os critérios para a embalagem, rotulagem, dispensação e controle
de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, conforme lista constante do
Anexo a esta Resolução, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação.
Parágrafo único. A dispensação de medicamentos contendo as substâncias listadas no Anexo a esta
resolução, isoladas ou em associação, fica sujeita à retenção de receita e escrituração em farmácias e
drogarias, nos termos desta resolução.
Art. 2º A dispensação de medicamentos a base de antimicrobianos de venda sob prescrição somente
poderá ser efetuada mediante receita de controle especial, sendo a 1ª via - Retida no estabelecimento
farmacêutico e a 2ª via - Devolvida ao Paciente, atestada, como comprovante do atendimento.
Art. 3º As prescrições somente poderão ser dispensadas quando apresentadas de forma legível e
sem rasuras, por profissionais devidamente habilitados e contendo as seguintes informações:
I - nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira
(DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso)
e posologia;
II - identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional ou nome
da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo);
III - identificação do usuário: nome completo;
IV - identificação do comprador: nome completo, número do documento oficial de identificação,
endereço completo e telefone (se houver);
V - data da emissão; e
VI - identificação do registro de dispensação: anotação da data, quantidade aviada e número do lote,
no verso.
Art. 4º A escrituração das receitas com medicamentos contendo as substâncias listadas no Anexo
desta resolução, isoladas ou em associação, é obrigatória e deverá atender ao disposto no Sistema
Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).
Parágrafo único. Os estabelecimentos que não possuírem implantados os módulos do SNGPC
deverão proceder à escrituração em Livro de Registro específico para antimicrobianos, informatizado ou
não, conforme modelo utilizado para registro de medicamentos sujeitos ao controle especial.
Art. 5º A escrituração de todas as operações relacionadas com substâncias e medicamentos
antimicrobianos, isolados ou em associação, deve ser atualizada no prazo máximo de 7 dias.
§1º No Livro de Registro específico para antimicrobianos a escrituração deve ser realizada a caneta
de forma legível, sem rasuras ou emendas e assinada pelo responsável técnico.
§2º No SNGPC ou livro informatizado, a escrituração deve ser realizada pelo responsável técnico
com controle de acesso por senha pessoal e intransferível.
§3º As eventuais correções de escrituração no Livro de Registro específico, informatizado ou não, ou
as finalizações de inventário no SNGPC devem ser devidamente registradas e justificadas em documento
próprio, assegurando a rastreabilidade, para fins de fiscalização da Autoridade Sanitária Competente.
Art. 6º Na embalagem e rotulagem dos medicamentos contendo substâncias antimicrobianas
constante da lista Anexa de que trata esta resolução deve constar, obrigatoriamente, na tarja vermelha, em
destaque a expressão: Venda Sob Prescrição Médica - Só Pode ser Vendido com Retenção da Receita.
Parágrafo único. Na bula dos medicamentos a que se refere o caput deste artigo deverá constar,
obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo maior de que o texto, a expressão: Venda Sob
Prescrição Médica - Só Pode ser Vendido com Retenção da Receita.
Art. 7º Será permitida a fabricação e distribuição de amostra-grátis desde que atendidos os requisitos
definidos em legislação específica.
Art. 8º Os estabelecimentos deverão manter a disposição das autoridades sanitárias a documentação
fiscal referente à compra, venda, transferência ou devolução das substâncias antimicrobianas bem como
dos medicamentos que as contenham.
Art. 9º Toda a documentação relativa à movimentação de entradas, saídas ou perdas de
antimicrobianos deverão permanecer arquivadas no estabelecimento e à disposição das autoridades
sanitárias por um período mínimo de 5 (cinco) anos após sua dispensação ou aviamento.
Art. 10. Fica estabelecido o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias para adequação quanto à
embalagem, rotulagem e bula.
Parágrafo único. As farmácias e drogarias poderão dispensar os medicamentos à base de
antimicrobianos que estejam em embalagens com tarja vermelha, ainda não adequadas, desde que
fabricadas dentro do prazo previsto no
Art. 11. A retenção das receitas de medicamentos, pelas farmácias e drogarias, contendo as
substâncias listadas no Anexo desta resolução é obrigatória a partir de 28 de novembro de 2010.
Parágrafo único. As receitas de antimicrobianos terão validade de 10 (dez) dias a contar da data de
sua emissão.
Art. 12. As farmácias e drogarias terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para escrituração e
adesão ao SNGPC.
Art. 13. O descumprimento das disposições contidas nesta resolução constitui infração sanitária, nos
termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e
penal cabíveis.
Art. 14. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
DIRCEU RAPOSO DE MELLO
, no uso da atribuição que lhecaput deste artigo.
ANEXO
LISTA DOS ANTIMICROBIANOS REGISTRADOS NA ANVISA
(Não se aplica aos antimicrobianos de uso exclusivo hospitalar)
1. Ácido clavulânico
2. Ácido nalidíxico
3. Ácido oxolínico
4. Ácido pipemídico
5. Amicacina
6. Amoxicilina
7. Ampicilina
8. Axetilcefuroxima
9. Azitromicina
10. Aztreonam
11. Carbenicilina
12. Cefaclor
13. Cefadroxil
14. Cefalexina
15. Cefalotina
16. Cefazolina
17. Cefoperazona
18. Cefotaxima
19. Cefoxitina
20. Ceftadizima
21. Ceftriaxona
22. Cefuroxima
23. Ciprofloxacina
24. Claritromicina
25. Clindamicina
26. Cloranfenicol
27. Daptomicina
28. Dicloxacilina
29. Difenilsulfona
30. Diidroestreptomicina
31. Doripenem
32. Doxiciclina
33. Eritromicina
34. Ertapenem
35. Espectinomicina
36. Espiramicina
37. Estreptomicina
38. Etionamida
39. Fenilazodiaminopiridina (fempiridina ou fenazopiridina)
40. 5-fluorocitosina (flucitosina)
41. Fosfomicina
42. talilsulfatiazol
43. Gemifloxacino
44. Gentamicina
45. Griseofulvina
46. Imipenem
47. Isoniazida
48. Levofloxacina
49. Linezolida
50. Lincomicina
51. Lomefloxacina
52. Mandelamina
53. Meropenem
54. Metampicilina
55. Metronidazol
56. Minociclina
57. Miocamicina
58. Moxifloxacino
59. Neomicina
60. Netilmicina
61. Nistatina
62. Nitrofurantoína
63. Norfloxacina
64. Ofloxacina
65. Oxacilina
66. Oxitetraciclina
67. Pefloxacina
68. Penicilina G
69. Penicilina V
70. Piperacilina
71. Pirazinamida
72. Rifamicina
73. Rifampicina
74. Rosoxacina
75. Sulfadiazina
76. Sulfadoxina
77. Sulfaguanidina
78. Sulfamerazina
79. Roxitromicina
80. Sulfametizol
81. Sulfametoxazol
82. Sulfametoxipiridazina
83. Sulfameto xipirimidina
84. Sulfatiazol
85. Sulfona
86. Teicoplanina
87. Tetraciclina
88. Tianfenicol
89. Tigeciclina
90. Tirotricina
91. Tobramicina
92. Trimetoprima
93. Vancomicina

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ao contrário do " diet", produto "light" não precisa ser registrado na Anvisa.

Ao contrário do " diet", produto "light" não precisa ser registrado na Anvisa
26/10/2010 - Valor Econômico


Aqueles consumidores que não costumam ler rótulos nas embalagens de alimentos e bebidas - e eles são a maioria no país -, provavelmente não sabem a diferença entre produtos "light" e dietéticos. Os "diet", que não contêm açúcar, precisam de registro da Anvisa para serem lançados no mercado. O fabricante precisa comprovar que não está usando açúcar. Mas os "light", não precisam de registro ou comprovação.
Segundo a Anvisa, um produto light (com redução de algum ingrediente, como açúcar, gordura, sódio) não precisa ser testado pelos técnicos da agência para comprovar sua qualidade. O fabricante precisa apenas fazer constar no rótulo do produto qual é o ingrediente "light" e de quanto (em percentual) é a redução desse insumo. Conforme a Anvisa, caso alguma entidade (Fundação Proteste, Inmetro ou o Idec, por exemplo), resolva testar o produto e assim comprovar que a redução não condiz com o alegado no rótulo, o fabricante está sujeito às penalidades da lei contra propaganda enganosa.
Com relação a produtos "diet" e "light", existe também a polêmica do ciclamato de sódio, um adoçante. Ele está proibido nos EUA desde outubro de 1968 pelo Food and Drug Administration (FDA), o órgão regulador da indústria americana de alimentos e remédios, por ser considerado cancerígeno.
O ciclamato de sódio é largamente usado no Brasil, principalmente pela indústria de refrigerantes. A Coca-Cola, por exemplo, usa ciclamato em sua Coca-Cola Zero no Brasil, mas não nos EUA. Segundo a empresa, o refrigerante Coca-Cola Zero "tem diferentes fórmulas em todo o mundo, adequadas aos paladares dos consumidores dos mais de 130 países em que a marca é comercializada".
A rival PepsiCo usa o ciclamato em alguns de seus refrigerantes. Mas de acordo com fontes ligadas à empresa, há uma meta de trocá-lo por outros adoçantes nos próximos anos.

Empresas Farmacêuticas Estrangeiras já tem 40% dos genéricos.

Estrangeiras avançam e já detêm 40% dos genéricos
26/10/2010 - Valor Econômico

A participação das multinacionais no mercado de genéricos do Brasil triplicou nos últimos dois anos, atingindo 40% do total da receita dos laboratórios que atuam nesse segmento no país. Há três anos, essa fatia era de 12%. "A entrada da francesa Sanofi-Aventis em 2009, com a compra da nacional Medley, a maior farmacêutica desse setor no país, elevou expressivamente a parcela do capital estrangeiro nessa área. Com a entrada da americana Pfizer [com compra de 40% do laboratório Teuto, com possibilidade de ter o controle], o peso das companhias internacionais aumentou", disse ao Valor Odnir Finotti, presidente da ProGenéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos).
A venda de medicamentos genéricos completou dez anos no Brasil neste ano. No início dos anos 2000, as farmacêuticas nacionais praticamente dominavam esse mercado - uma vez que as multinacionais estavam mais preocupadas em proteger suas patentes. Há dois anos, a participação das estrangeiras no país estava em 12%, segundo Finotti, representadas apenas Sandoz, braço de genéricos da suíça Novartis, e outras companhias de pequeno porte.
O movimento de consolidação de grupos internacionais em países emergentes, sobretudo no Brasil, começou nos últimos três anos, quando muitas companhias internacionais reduziram seu portfólio de produtos de inovação e tiveram a patente de medicamentos campeões de venda ("blockbusters") expirada.
O segmento de genérico movimenta 20% dos volumes totais de medicamentos no Brasil e 17% em valor, ou US$ 3,253 bilhões dos US$ 19,61 bilhões faturados até setembro deste ano (últimos 12 meses), de acordo com a consultoria IMS Health. Nos EUA, os volumes de genéricos chegam a 70% do total e na Alemanha, a 65%. "Nos países desenvolvidos, a participação dos genéricos cresce a taxas menores. No Brasil há muito espaço para avançar", disse Nilton Paletta, presidente da IMS. "As multinacionais estão vendo esse segmento como oportunidade, mas ainda é um grande desafio para elas, uma vez que os genéricos são commodities. A disputa é mais acirrada para quem tem maior portfólio e preços competitivos."
A própria Pfizer, que neste ano teve o Viagra (para disfunção erétil) e Lipitor (colesterol elevado), dois de seus principais produtos com patente vencida, decidiu se movimentar. Até o ano passado, a farmacêutica estava na disputa para levar a Neo Química, de Goiás, que acabou ficando nas mãos da Hypermarcas. Depois concentrou esforços para levar a Teuto, também do mesmo Estado. Nos Estados Unidos, a empresa comprou um laboratório especializado em genéricos de pequeno porte, o Greenstone.
Maior laboratório nacional, a EMS, de Hortolândia (SP), está investindo pesado este ano para avançar nesse segmento, com o lançamento das versões genéricas e similares do Viagra e do Lipitor. "Não acredito que seja positivo para o setor que uma multinacional detenha a patente e produza a versão genérica do produto", afirmou Waldir Eschberger, vice-presidente de mercado do grupo. "Estamos preparados para competir e atingirmos o primeiro lugar no ranking em genéricos", disse.
Segundo Nelson Mussolini, vice-presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sindusfarma), o que contará daqui para frente nesse mercado será a competitividade das indústrias do setor. "A participação dos genéricos na venda total dos medicamentos deverá crescer e atingir até 50% do volume nos próximos anos. A não ser que as grandes nacionais decidam vender seu controle [EMS, Aché, Eurofarma], as multinacionais deverão avançar daqui para frente sobre os pequenos e médios laboratórios do país", disse.
Só neste ano, a americana Valeant comprou dois laboratórios pequenos para crescer nesse segmento. Entre abril e maio deste ano, a farmacêutica comprou a Bunker, na capital paulista, e a Delta, de Indaiatuba (SP).
Mussolini lembra que grandes grupos estrangeiros também estão fazendo esse movimento fora do Brasil. Grandes multinacionais, como a Teva, estão olhando oportunidades no país. As próprias nacionais também seguem a mesma trilha. Embora não comente o assunto, a Mantecorp, de São Paulo, virou alvo de cobiça. Entre os interessados estão, além de grupos estrangeiros, o laboratório Aché, que poderá firmar parceria para aumentar o portfólio das duas empresas.

Medicamento para impotência favorece câncer de próstata.

Remédio para impotência favorece câncer de próstata
24/10/2010 - Gazeta do Povo - Curitiba

Pesquisa inédita desenvolvida pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em parceria com o Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, Hospital A.C. Camargo de São Paulo e Institut Cochin, da França, relaciona o uso de medicamentos para impotência sexual com a chance de desenvolver câncer de próstata. Desenvolvida pelo biólogo e professor de genética Fabio Rueda Faucz, em seu pós-doutorado, a pesquisa mostra que homens com câncer de próstata apresentam diminuição da função de um gene (o PDE 11 A), e que o mesmo acontece em homens que utilizam medicamentos para impotência, o que pode sugerir a relação entre a doença e os remédios.
A diminuição da função gera redução na produção da enzima fosfodiesterase, ligada ao controle da divisão celular acelerada, que pode levar ao câncer. Essa enzima, segundo o pesquisador, tem a função de “sequestrar” as moléculas de AMPc (adenosina monofosfato cíclico) e GMPc (guanosina monofosfato cíclico). Em grande quantidade, as duas moléculas ativam o processo de divisão celular, podendo levar ao desenvolvimento de um tumor. Por isso a fosfodiesterase é importante, pois evita a produção da AMPc e GMPc. “A função é retirar o excesso de ‘combustível’, evitando assim a divisão descontrolada, que gera uma predisposição maior para a doença”, diz Faucz. Nos estudos, 30% dos 50 pacientes do Hospital AC. Camargo que tem o tumor na próstata tiveram alteração no gene PDE 11A.
No trabalho, o pesquisador mostra que os remédios para impotência também podem se relacionar com a alteração, principalmente os de uso prolongado. As substâncias atuam sobre outro gene, o PDE 5A, que ocasiona um relaxamento peniano e maior fluxo sanguíneo, resolvendo o problema da impotência. No entanto, a atuação no gene 5A causa influência indireta no 11A, gerando maior divisão celular. “O medicamento mimetiza o que encontrei na pesquisa. Se o medicamento diminui a função da enzima, e esta se relaciona com a doença, podemos fazer a relação com câncer de próstata. Mas meu trabalho mostra apenas um indício. Outros estudos devem ser feitos para detectar se há interferência direta”, enfatiza. A pesquisa foi publicada no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, principal publicação mundial da especialidade.
Fabio Faucz salienta que o estudo não significa que quem toma remédios para impotência terá câncer de próstata, mas que esses pacientes devem fazer acompanhamento médico mais rigoroso. “Longe de dizer que a relação é direta. É um alerta para que indivíduos que estejam em tratamento façam exames rotineiros com mais frequência”. Hoje, os exames de toque retal e o PSA (que mostra a elevação nos níveis de antígeno prostático específico, substância produzida pela próstata, em exame de sangue) são os principais para detectar o problema. “Porém fazer um não exclui outro. Realizar apenas o PSA tem chance de detecção de 75%, enquanto, quando os dois são feitos, o porcentual vai para 93%”, diz o oncologista do Hospital Erasto Gaertner, Luiz Antônio Negrão Dias.

Casos
No país, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A estimativa é de que 2010 registre 52.350 casos.
Em 2008, 11.955 homens morreram por conta da doença e, entre 2000 e 2008, o número de casos cresceu 234%, passando de 14.830 para 49.530. Ainda segundo o Inca, a taxa de incidência do tumor é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. “É um típico câncer urbano, o estilo de vida das grandes cidades é o principal fator de risco, por causa do estresse, vida sedentária, padrão de dieta e uso abusivo de hormônios. Casos na família também são um fator de alerta”, diz o oncologista.
Expectativa de vida maior no Brasil é outro fator que contribui para o aumento, segundo o oncologista do Hospital Santa Cruz Rodrigo Rigo. “Isso acaba abrindo portas para uma sequência aumentada de casos. A maior procura por recursos de diagnóstico e a gama ampla de exames laboratoriais também ajuda a detectar casos que antes passavam despercebidos”.